Colombia

Em 2021, a polícia colombiana comprou secretamente um sofisticado software de espionagem chamado Pegasus de uma empresa israelense. O presidente Gustavo Petro divulgou a transação, que envolveu uma transferência em dinheiro de US$ 11 milhões.

Este grupo é NSO Group Technologies Ltd. Representa parte de um acordo maior com ela, conhecida por sua tecnologia de vigilância.

O presidente Petro detalha a transação: Ele transportou US$ 5 milhões, cerca de 4,5 milhões de euros, por via aérea. Os fundos foram transferidos de Bogotá para Tel Aviv.

As autoridades declararam o dinheiro na alfândega israelense em 27 de junho de 2021. Três dias depois, os fundos chegaram à conta da empresa.

O momento desta compra coincidiu com um período de agitação social significativa na Colômbia, levantando questões sobre a intenção por trás da aquisição de uma tecnologia tão intrusiva.

Descoberto o controverso acordo de spyware Pegasus da ColômbiaDescoberto o controverso acordo de spyware Pegasus da Colômbia
Descoberto o controverso acordo de spyware Pegasus da Colômbia (reprodução de imagem pela internet)

Pegasus possui recursos que incluem monitoramento de chamadas, e-mail e texto em várias plataformas. Governos de todo o mundo têm-no usado para espionar jornalistas, ativistas e figuras políticas.

As aquisições, realizadas sem constar do orçamento nacional ou sem receber supervisão judicial, indicam uma possível má gestão ou utilização indevida de recursos estatais.

Estas atividades contornam os limites legais estabelecidos pela Constituição colombiana, sugerindo uma potencial má conduta financeira.

Reconhecendo a gravidade destas implicações, a Petro apelou a uma investigação minuciosa por parte da Unidade de Informação e Análise Financeira da Colômbia (UIAF) Ele deu as boas-vindas a especialistas internacionais para garantir uma auditoria forense abrangente.

Esta situação sublinha a necessidade de maior transparência e responsabilização quando os governos adquirem e implementam tecnologia de vigilância. Isto é especialmente importante em tempos de agitação política e social.

O contexto global reflecte preocupações mais amplas sobre os direitos de privacidade e a vigilância estatal, com investigações em curso sobre o abuso do Pegasus em Espanha e Israel.

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