Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em São Paulo, Brasil, 30 de agosto de 2024.

Este é mais um revés para Elon Musk, na batalha entre ele e o juiz brasileiro Alexandre de Moraes. Na segunda-feira, 2 de setembro, o Supremo Tribunal Federal do Brasil confirmou a suspensão da desinformação da rede social.

De propriedade do bilionário americano, também chefe da Tesla e da SpaceX, a plataforma X começou a ser bloqueada no sábado, logo após a suspensão ser acionada por Alexandre de Moraes. A decisão deste juiz do Supremo Tribunal Federal brasileiro, figura no combate à desinformação em seu país, foi finalmente confirmada por cinco juízes do Supremo Tribunal Federal, incluindo o Sr. Moraes, que se reuniram em sessão virtual.

“Elon Musk demonstrou seu total desrespeito à soberania brasileira e em particular ao Judiciário ao se posicionar como uma verdadeira entidade supranacional, imune às leis de cada país.”declarou Alexandre de Moraes. Flavio Dino, ex-ministro da Justiça do atual presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, avaliou que “A liberdade de expressão não protege contra violações repetidas do sistema jurídico. »

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“O desprezo de Elon Musk pelas leis”

Antes de ativar “suspensão imediata, completa e absoluta” de X, Alexandre de Moraes havia dado 24 horas à rede social na noite desta quarta para indicar um representante legal no país, sob pena de bloqueio. Um ultimato que a equipe de Elon Musk optou por ignorar. “A liberdade de expressão é a base da democracia, e no Brasil um “pseudojuiz” não eleito está destruindo-a por motivos políticos.”trovejou o bilionário.

Em resposta, o proprietário, VPN). Neste sentido, o Sr. Musk ainda oferece serviços Starlink oferecidos gratuitamente por sua empresa SpaceX no Brasil. Conforme relatado por New York Timescitando os reguladores brasileiros, este ISP está efetivamente se recusando a cumprir a decisão de bloquear X.

Uma forma de Elon Musk, que há vários dias condena um ataque à liberdade de expressão, desafiar mais uma vez a justiça brasileira. Essa foi a avaliação da associação Repórteres Sem Fronteiras nesta quarta-feira “é lamentável o bloqueio do X, principalmente porque a plataforma é amplamente utilizada pela comunidade jornalística” mas ele é “justificado à luz da recusa constante da plataforma em responder aos repetidos pedidos das autoridades para cumprir a lei”.

Duzentos e cinquenta grupos de direitos humanos e especialistas da Coalizão Global pela Justiça Tecnológica também pediram aos reguladores de todo o mundo que sigam o exemplo do Brasil quando se trata de “reprimir as ações e omissões prejudiciais do X (antigo Twitter) e de outros grandes gigantes da tecnologia”. EM um comunicado de imprensa publicado na segunda-feiraeles acreditam que a recusa de cumprimento oposta pelo bilionário americano às autoridades brasileiras “parte de um padrão bem conhecido de Elon Musk desafiando a lei e evitando responsabilidades”.

“Estamos profundamente perturbados com o desrespeito de Elon Musk pelas leis e instituições democráticas; a sua apropriação, má gestão e abuso de uma plataforma líder global de redes sociais, parte do nosso espaço civil colectivo online, é imprudente e perigosacontinuam esses especialistas e grupos de defesa dos direitos. É claro que isto prejudica a paz e a democracia no mundo. »

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O mundo com a AFP

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