Jordan Bardella e Marine Le Pen, representantes do RN, foram recebidos no Eliseu por Emmanuel Macron durante as suas consultas para a nomeação de um novo primeiro-ministro em Paris, em 26 de agosto de 2024.

Termine de rir “novo mundo”. Pressionado por todos os lados para nomear finalmente um primeiro-ministro, para pôr fim a uma das mais graves crises políticas que a França viveu desde 1958, Emmanuel Macron estabeleceu a continuação do seu mandato de cinco anos, quinta-feira, 5 de setembro, no mãos do republicano Michel Barnier. Não sem hesitações, até ao final da manhã, com o antigo primeiro-ministro socialista Bernard Cazeneuve. Duas encarnações disso “velho mundo” e destes “festas antigas” há muito insultado pelos macronistas.

Numa tentativa de evitar o risco de censura imediata do próximo governo por parte da Assembleia Nacional, o chefe de Estado testou o nome do antigo comissário da UE com os seus interlocutores no início do verão. Mas foi só depois de rejeitar Bernard Cazeneuve pela esquerda, Xavier Bertrand pela direita e Thierry Beaudet, presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental, pelo lado da sociedade civil que Emmanuel Macron considerou seriamente a hipótese de Barnier. Alexis Kohler, secretário-geral do Eliseu, amigo do ex-ministro, ligou para ele na manhã de quarta-feira. Foi de bicicleta ao final da tarde até ao Eliseu, para um primeiro tête-à-tête com o chefe de Estado.

Ao chegar a Matignon, o gaullista beneficiou da boa vontade do Rally Nacional (RN), que decidiu dar-lhe uma oportunidade. O novo primeiro-ministro “parece cumprir pelo menos o primeiro critério que pedimos, ou seja, alguém que respeite as diversas forças políticas”respondeu Marine Le Pen, após o anúncio do Eliseu. “É um homem que nunca foi excessivo na forma como falou do Rally Nacional, que nunca condenou o RN ao ostracismo, é um homem de discussão”enfatizou ainda o presidente do grupo do RN na Assembleia Nacional. O apelo de Michel Barnier a favor de uma moratória à imigração antes das eleições presidenciais de 2022, ao olhar para a presidência da República, não deixou indiferente Marine Le Pen, que está feliz por não ter, « de uma vez », « um imigrante maluco » em Matignon.

“A solução menos pior”

“Esta nomeação é justificada pela estabilidade de um governo suspenso por benevolência do RN”, preocupado o ex-macronista Sacha Houlié, que agora está entre os não-registrados. “Marine Le Pen manterá Barnier em armas”teme o conselheiro de um ministro que está saindo.

A comitiva do chefe de Estado reconhece que a opção Barnier foi previamente testada com o RN, tal como outras forças políticas, e que não cumpriu “certifique-se de que eles censuram com antecedência” na assembleia, enquanto o partido da chama prometia um ” censura automática » para Xavier Bertrand como para Bernard Cazeneuve.

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